quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um pouco da história do Theatro 4 de Setembro


No dia 4 de setembro de 1889, um grupo de senhoras da sociedade teresinense levou uma proposta de edificação de um teatro ao presidente da província do Piauí da época, Teófilo Fernandes dos Santos. Atendendo ao anseio popular, foi lançada, no dia 21 de setembro do mesmo ano, a pedra fundamental para a construção da obra.


No dia 21 de abril de 1894, Manuel Raimundo da Paz, mestre responsável pela obra e que depois seria nomeado o primeiro diretor da Casa, entregava o Theatro ao governador Coriolano de Carvalho e Silva. Mas não houve espetáculo, porque não havia cenários, guarda-roupas, camarins, equipamento interno e pano de boca (ou seja, nada). A partir desta data, toda a sociedade se mobilizou para dotar o espaço de toda na estrutura necessária ao seu pleno funcionamento.


Do Rio de Janeiro veio o pano de boca e, do Pará, doze palmeiras, que foram plantadas do lado direito do teatro. Duas figuras de cachorros feitas de louça foram colocadas no alto das duas colunas do prédio. As pessoas pensavam que eram leões. Com o passar dos anos, pequenas reformas melhorariam a estrutura e conforto do Theatro 4 de Setembro.


O primeiro espetáculo apresentado foi a peça dramática “O Pai Desnaturado”, ou “Dom Jorge Aguilar”, pelo Grupo Teatral de Câmara Madureira. A data era 2 de maio de 1895. De lá para cá, o Theatro 4 de Setembro está sendo marcado por grandes espetáculos locais e nacionais, sendo um espaço onde a cultura é pulsante. Além da Casa, existem ainda no completo a Sala Torquato Neto, a Galeria de Artes e o Espaço Cultural Osório Júnior, onde todas as quartas-feiras acontece o projeto Boca da Noite, promovido pelo Governo do Estado, através da Fundação Cultural do Piauí (Fundac). Este ano o teatro comemorou seus 115 anos.

MULHERES UNIDAS!

COOPERART - Cooperativa feminina do Poty

Em oito de setembro de 2006 foi criada a COOPERART, Cooperativa das Artesãs do Pólo Cerâmico do Poty. Formada por trinta mulheres, elas passam a ter, além de cursos de capacitação, espaço para a comercialização de seus produtos, em feiras expositivas e no próprio centro de produção das peças, no Pólo Cerâmico. O primeiro produto a ser feito pela cooperativa foi a bijuteria em cerâmica. Via-se a necessidade de algo especificamente criado por mulheres, já que o “entorno” era desenvolvido predominantemente por homens. O diferencial dessas bijuterias é que são trabalhadas em cores naturais, valorizando os tons de argila que existem no Piauí.

Buscando somar a mulher ceramista na comunidade do Poty com a identidade cultural do bairro, as artesãs da COOPERART desenvolveram diversas coleções vencedoras em três anos consecutivos no evento “Casa Piauí Design”. Em 2006, Com o nome de “Catirina”, a primeira é inspirada na tradição do bumba-meu-boi. No ano seguinte a COOPERART é premiada no evento com a coleção “Mulheres do Poty”, onde são produzidas peças que retratam as diversas atividades desempenhadas por elas, desde o início do bairro. No ano de 2008, a coleção “Cambo” foi a da vez, fazendo referência à cultura pesqueira do Poty Velho. Atualmente a coleção “Raízes do Poty”, exposta no evento no final do mês de maio, resgata as formas de filtro e potes, primeiros produtos desenvolvidos no local, e utiliza de fibras e sementes da região na confecção de luminárias. Segundo o SEBRAE, a COOPERART é uma das cooperativas mais empreendedoras do Brasil, por essa razão ostenta o selo Top 100 de Artesanto, do ano de 2008. VEJA MAIS!

Prêmios estes que denotam não apenas as peças, as coleções em si. Mas todo o trabalho e dedicação de mulheres que empenharam todo seu esforço para que tais coleções fossem consideradas de tamanha relevância. Esforços estes que somados à paixão avassaladora à profissão tornam às artesãs referenciais de vida e dedicação ao que se produz.


POR: Ana Isabel Freire, Mariana Guimarães e Nina Nunes